C. S. Lewis: Encontrando a Verdade e a Alegria em Cristo
Você já se sentiu dividido entre a sua mente e o seu coração na busca por orientação espiritual? Talvez você ame o Senhor, o Salvador, mas lide com dúvidas intelectuais, ou talvez esteja apenas começando a explorar a fé e se depare com barreiras que parecem intransponíveis. A jornada em busca da Verdade pode parecer solitária e desafiadora. Mas e se eu dissesse que um dos maiores pensadores e escritores do século XX trilhou esse caminho, saindo de um ateísmo convicto para uma fé vibrante e intelectualmente robusta? Neste texto, vamos mergulhar na vida e no impacto de C. S. Lewis, um homem que pode nos ensinar muito sobre como a razão e a imaginação podem nos conduzir ao coração do próprio Cristo.
Quem Foi C. S. Lewis e Qual Sua Significação?
Clive Staples Lewis, ou simplesmente Jack para os amigos, não era um pastor ou missionário no sentido tradicional. Ele era um acadêmico brilhante, um professor em Oxford e Cambridge, especializado em literatura medieval e renascentista. Nascido na Irlanda em 1898, cresceu em um ambiente que ele descreveria mais tarde como “firmemente ateu”. Sua juventude foi marcada pela perda da mãe e por uma crescente descrença em qualquer realidade espiritual, especialmente após as horrores da Primeira Guerra Mundial.
A significação de C. S. Lewis reside precisamente nessa jornada improvável. Ele era um cético, um intelectual que via o cristianismo como um mito ultrapassado. Mas, através de conversas com amigos (notavelmente J.R.R. Tolkien) e, crucialmente, através de uma busca honesta pela verdade que o levou a confrontar as implicações morais e racionais da existência, o Eterno o alcançou. Sua conversão ao teísmo, e depois ao cristianismo, não foi um salto cego, mas um processo intelectual e existencial profundo. Ele descreveu essa rendição a Deus como a do “recruta mais relutante em toda a Inglaterra”.
Essa experiência pessoal de transição da descrença para a fé deu a Lewis uma perspectiva única. Ele entendia as objeções dos céticos porque ele mesmo as tinha. Ele sabia como a fé podia parecer ilógica ou irracional para quem estava de fora. Essa compreensão profunda o capacitou a se tornar um dos apologistas cristãos mais eficazes e amados do século XX. Sua vida e obra são um testemunho poderoso de que a fé em Jesus, o Salvador, não exige que desliguemos nossos cérebros; pelo contrário, ela ilumina e liberta a mente para ver a realidade como ela verdadeiramente é, centrada no Criador.
A trajetória de Lewis demonstra que a graça do Senhor pode alcançar qualquer pessoa, não importa quão arraigadas sejam suas convicções anteriores. Ele nos mostra que a busca pela verdade, quando sincera, pode ser um caminho que o próprio Deus usa para nos atrair para Si. Seu legado não é apenas teológico ou literário, mas também profundamente pessoal e inspirador para todos que buscam reconciliar a fé com a razão e encontrar um sentido maior na vida sob a luz da Verdade que é Cristo.
Sua conversão, embora gradual, foi um momento decisivo que reorientou toda a sua existência e produção intelectual. Lewis não apenas aceitou a existência de Deus, mas abraçou a pessoa de Jesus Cristo como o Filho de Deus, o Redentor do mundo. Essa fé se tornou o motor de sua escrita, impulsionando-o a compartilhar as verdades que havia descoberto de maneiras novas e cativantes. Ele não se tornou um teólogo sistemático no sentido clássico, mas um comunicador da fé, capaz de traduzir conceitos complexos em linguagem acessível e envolvente para o público em geral.
A significância de C. S. Lewis também reside em sua capacidade de unir diferentes correntes de pensamento. Ele era um homem de seu tempo, mas com raízes profundas na tradição cristã clássica. Sua escrita reflete uma vasta erudição, mas é apresentada com uma humildade e clareza que a tornam convidativa. Ele nos lembra que a fé não é apenas para os “religiosos”, mas é a resposta mais razoável e satisfatória para as perguntas mais profundas da existência humana. Ele nos aponta para o Senhor, a Rocha inabalável, como a fonte de toda a realidade, significado e alegria duradoura.
Sua obra abrange desde a apologética direta, defendendo a razoabilidade da fé cristã, até a ficção alegórica e fantástica que explora verdades espirituais através de histórias. Essa versatilidade é parte do seu apelo duradouro. Ele não apenas argumentava pela fé, mas a pintava com cores vibrantes, tornando-a atraente para a imaginação. Sua própria vida, marcada pela dor (como a perda de sua esposa, Joy Davidman), mas também por uma profunda esperança e alegria em Deus, serve como um testemunho adicional da autenticidade de sua fé e da força do Salvador em meio às provações.
Em suma, C. S. Lewis é significativo porque ele foi um intelectual que encontrou a fé, um cético que se tornou um crente apaixonado, e um escritor que usou seus dons extraordinários para apontar inúmeras pessoas para a Verdade encarnada em Jesus Cristo. Sua jornada e sua obra continuam a ser um farol para aqueles que buscam um caminho onde a mente e o coração podem caminhar juntos em direção ao Criador.
Por Que C. S. Lewis é Ainda Relevante Hoje?
Em um mundo que muitas vezes parece hostil à fé, ou que a relega a um sentimento puramente privado e irracional, a voz de C. S. Lewis ressoa com uma clareza e urgência notáveis. Por que ele continua a ser lido e a impactar vidas décadas após sua morte? A resposta reside em sua capacidade de falar às questões perenes da condição humana e de apresentar o cristianismo não como uma relíquia do passado, mas como a realidade mais sólida e satisfatória.
Uma das razões principais para sua relevância é sua maestria na apologética cristã. Apologética não é pedir desculpas pela fé, mas defendê-la e explicá-la de forma razoável. Lewis fez isso de uma maneira que desarma muitos céticos. Ele não se baseava em argumentos complexos e inacessíveis, mas em observações agudas sobre a natureza humana, a moralidade e o desejo inato por algo “além”. Ele articulava a fé de uma forma que fazia sentido, não apenas para os crentes, mas para qualquer pessoa que estivesse disposta a pensar honestamente sobre a vida.
Seu livro mais famoso nesse gênero, “Cristianismo Puro e Simples” (Mere Christianity), é um exemplo clássico. Originalmente uma série de palestras de rádio durante a Segunda Guerra Mundial, ele destila as crenças centrais do cristianismo de uma forma que transcende as divisões denominacionais. Ele focou no “cristianismo puro” – o que todos os cristãos históricos creram. Essa abordagem é incrivelmente útil hoje, ajudando as pessoas a ver o cerne da fé em Jesus, o Redentor, antes de se perderem em debates secundários. Ele apresenta o Salvador como a resposta para o dilema humano fundamental.
Além da apologética direta, a ficção de Lewis mantém sua relevância por sua capacidade de nutrir a imaginação e o desejo pelo divino. As Crônicas de Nárnia, por exemplo, não são apenas contos de fadas; são ricas alegorias que introduzem verdades cristãs (como sacrifício, redenção, tentação) de uma forma que cativa crianças e adultos. Elas falam a uma parte de nós que a argumentação pura não alcança. Lewis entendia que a fé não é apenas sobre concordar com proposições, mas sobre experimentar a realidade de Deus, o Todo-Poderoso, com a totalidade do nosso ser.
Outro ponto de contato com o mundo moderno é a forma como Lewis abordou a dor e o sofrimento. Em “O Problema do Sofrimento”, ele enfrenta uma das objeções mais difíceis à fé em um Deus bom e todo-poderoso. Sua honestidade e profundidade ao lidar com essa questão, especialmente à luz de sua própria experiência, oferecem consolo e perspectiva para aqueles que lutam com a dor em suas vidas. Ele nos lembra que o próprio Senhor, Jesus Cristo, experimentou o sofrimento supremo na cruz, e que Deus não está distante de nossa dor, mas a entrou e a redimiu.
Finalmente, a relevância de Lewis reside em seu convite constante para a alegria em Deus. Ele falava de um desejo profundo e inato por algo que este mundo não pode satisfazer – um desejo que ele chamava de “Sehnsucht” (uma palavra alemã para anseio ou saudade). Lewis argumentava que esse desejo aponta para a existência de uma Realidade para a qual fomos feitos, e essa Realidade é o próprio Deus, o Criador. Em um mundo que busca satisfação em coisas passageiras, Lewis nos aponta para a fonte da verdadeira e duradoura alegria, encontrada apenas na comunhão com o Salvador. Sua obra nos encoraja a buscar essa alegria suprema n’Ele, a Rocha inabalável.
Em resumo, a relevância de C. S. Lewis hoje reside em sua capacidade atemporal de defender a fé de forma inteligente e acessível, de nutrir a imaginação com verdades profundas, de abordar as questões difíceis da vida com honestidade e de nos apontar para a fonte da verdadeira alegria. Ele continua a ser um guia confiável para muitos que navegam pelas complexidades da fé no século XXI.
Antes, santifiquem a Cristo, como Senhor, em seu coração, estando sempre preparados para responder a todo aquele que pedir razão da esperança que vocês têm. Contudo, façam isso com mansidão e respeito, tendo boa consciência, para que, naquilo em que são difamados, os que falam mal do bom procedimento de vocês em Cristo fiquem envergonhados. 1 Pedro 3:15-16
Este versículo encapsula o espírito da apologética cristã que Lewis praticou. Ele nos exorta a estar prontos para explicar a razão de nossa esperança, e Lewis nos equipa com ferramentas para fazer exatamente isso, sempre com mansidão e respeito, refletindo a graça do Senhor.
Temas e Insights Chave da Obra de C. S. Lewis
Mergulhar na vasta obra de C. S. Lewis é como entrar em um tesouro de sabedoria e imaginação. Embora ele tenha escrito sobre muitos assuntos, alguns temas e insights se destacam e são particularmente valiosos para nossa jornada de fé e razão. Eles nos ajudam a ver o mundo e a nós mesmos de uma perspectiva centrada em Deus, o Criador.
A Razoabilidade da Fé: Lewis argumentou incansavelmente que a fé cristã não é um “salto no escuro”, mas o “salto na luz”. Ele usou a lógica e a filosofia para mostrar que o cristianianismo faz mais sentido da realidade – da existência de um universo, da moralidade humana, do desejo por significado – do que o ateísmo ou outras visões de mundo. Ele não via a fé como oposta à razão, mas como a sua consumação, um caminho para entender a verdade final sobre o Senhor.
O Argumento Moral: Um dos argumentos mais poderosos de Lewis é baseado na lei moral universal. Ele observou que, em todas as culturas, existe um senso inato de certo e errado, uma “Lei da Natureza Humana” que não inventamos, mas à qual nos sentimos obrigados. Ele argumentou que essa lei moral aponta para um Legislador moral fora de nós, que é Deus, o Todo-Poderoso. Esse insight é fundamental em “Cristianismo Puro e Simples”.
O Desejo Inato (“Sehnsucht”): Lewis identificou um anseio profundo e inexplicável que todos nós sentimos por algo que nunca encontramos totalmente neste mundo – uma saudade de “casa”, uma pontada de alegria que desaparece. Ele argumentou que esse desejo não é uma ilusão, mas uma pista. Assim como a fome aponta para a existência de comida, esse desejo aponta para a existência de uma Realidade que pode satisfazê-lo plenamente, e essa Realidade é a comunhão com o Senhor, a fonte de toda a alegria em Deus.
A Importância da Imaginação: Lewis entendia que a verdade não é apenas para ser apreendida intelectualmente, mas também sentida e vivida. Sua ficção, especialmente “As Crônicas de Nárnia” e a Trilogia Cósmica, usa a fantasia e a alegoria para contornar nossas defesas intelectuais e falar diretamente ao coração e à imaginação. Ele nos mostra que a imaginação pode ser um veículo poderoso para a verdade espiritual, ajudando-nos a amar o que é bom e a deseitar o que é eterno em Cristo.
Cristo como Mito Verdadeiro: Em sua conversão, Lewis foi influenciado pela ideia de que o cristianismo é o “mito verdadeiro”. Ele via os mitos de diferentes culturas como ecos de uma verdade maior, como histórias que apontam para uma realidade que só se concretizou plenamente na pessoa de Jesus Cristo. A encarnação, morte e ressurreição de Jesus são o mito supremo – a história que realmente aconteceu, dando sentido a todos os outros anseios e narrativas humanas. Essa compreensão enriquece nossa visão do Salvador.
A Realidade do Mal e do Sofrimento: Lewis não evitou as questões difíceis. Em “O Problema do Sofrimento” e “A Anatomia da Tristeza”, ele lida com a dor e a perda com uma honestidade brutal, mas sempre sob a luz da soberania e do amor de Deus. Ele não oferece respostas fáceis, mas nos convida a confiar no caráter do Eterno, mesmo quando não entendemos seus caminhos, lembrando-nos do sofrimento redentor de Cristo na cruz.
O Orgulho como o Pior Pecado: Lewis frequentemente apontava o orgulho como a raiz de muitos outros pecados. Ele via o orgulho como a atitude de auto-suficiência que nos afasta de Deus e dos outros. Em “Cristianismo Puro e Simples”, ele descreve o orgulho como a “anti-Deus” por excelência, pois é a competição entre o ego e o Senhor, o Criador. A humildade, por outro lado, é a porta para a realidade e para a comunhão com o Salvador.
Esses são apenas alguns dos muitos insights valiosos encontrados na obra de Lewis. Eles nos desafiam a pensar profundamente sobre nossa fé, a usar tanto a razão quanto a imaginação, e a buscar a verdadeira alegria em Deus acima de todas as coisas. Sua escrita nos convida a olhar para Jesus, a Verdade e a Vida, como a resposta definitiva para as grandes perguntas da vida.
para que os corações deles sejam animados, estando eles unidos em amor e enriquecidos da mais plena certeza do entendimento, para que conheçam plenamente o mistério de Deus, a saber, Cristo. Nele estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento. Colossenses 2:2-3
Este texto de Colossenses ressoa com a visão de Lewis. Ele acreditava que em Cristo estão todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento, e sua vida foi dedicada a ajudar as pessoas a descobrir esses tesouros, unindo entendimento e amor na busca pelo Salvador.
Equívocos Comuns sobre C. S. Lewis (e Como Abordá-los)
Como qualquer figura influente, C. S. Lewis é por vezes mal compreendido. Alguns o elevam a um status quase infalível, enquanto outros o criticam por razões diversas. É importante abordar sua obra com discernimento, reconhecendo seus pontos fortes e suas limitações, sempre à luz da Palavra do Senhor, a Rocha inabalável.
Aqui estão alguns equívocos comuns e como podemos pensar sobre eles:
Equívoco: Lewis era um teólogo sistemático e sua teologia é a norma para todos os cristãos.
Como Abordar: Lewis não era um teólogo sistemático no sentido acadêmico. Ele era um apologista e um comunicador da fé. Sua teologia, embora amplamente ortodoxa nos pontos centrais, reflete sua própria jornada e influências (como o anglicanismo de alta igreja e o catolicismo romano em certos aspectos). Ele focou no “cristianismo puro” (o que a maioria dos cristãos históricos crê), mas não abordou todas as doutrinas com a profundidade de um teólogo profissional. Devemos ler Lewis para nos ajudar a pensar sobre a fé e a defendê-la, mas sempre comparando seus pontos com a Escritura, a autoridade final.Equívoco: Sua ficção (como Nárnia) é apenas para crianças ou é puramente entretenimento.
Como Abordar: Embora “As Crônicas de Nárnia” sejam amadas por crianças, elas são ricas em camadas de significado e alegoria que ressoam profundamente com adultos. Lewis usou a fantasia não para escapar da realidade, mas para nos ajudar a vê-la de uma nova maneira, especialmente a realidade espiritual. Sua ficção é uma forma poderosa de nutrir a imaginação cristã e explorar verdades sobre o pecado, a redenção, o sacrifício de Cristo e a soberania do Senhor de uma forma que a argumentação seca não consegue. Ela é uma ferramenta para a vida cristã.Equívoco: Lewis acreditava na salvação universal (que todos serão salvos no final).
Como Abordar: Embora Lewis tenha especulado sobre a possibilidade de salvação para pessoas fora da igreja visível (como em “O Último Combate” de Nárnia), ele nunca defendeu a salvação universal como doutrina. Em “O Grande Abismo”, ele retrata a escolha final e irrevogável entre o céu e o inferno. Lewis acreditava firmemente na necessidade de responder a Cristo, o Salvador. Sua especulação sobre a graça de Deus alcançando “pessoas boas” em outras tradições deve ser vista como uma reflexão pastoral e não uma declaração doutrinária formal de salvação universal. A Palavra de Deus é clara que a salvação é pela fé em Jesus.Equívoco: Lewis era um pensador “fácil” e sua obra não exige esforço.
Como Abordar: Embora Lewis escreva com clareza notável e evite jargões desnecessários, suas ideias são profundas e seus argumentos, especialmente em obras como “Milagres” ou “O Problema do Sofrimento”, exigem atenção e reflexão. Sua erudição clássica e literária também significa que ele faz referências que podem não ser imediatamente óbvias para o leitor moderno. Abordar Lewis exige disposição para pensar, ponderar e, às vezes, fazer uma pequena pesquisa. O esforço vale a pena pela riqueza de insights sobre a fé e razão.Equívoco: Lewis era um místico que dependia mais da experiência do que da razão ou da Escritura.
Como Abordar: Lewis valorizava a experiência e a imaginação, mas estava firmemente ancorado na razão e na tradição cristã histórica, que ele via como fundamentada na Escritura. Ele usava a experiência (como o desejo por “Sehnsucht”) como uma pista que aponta para a realidade de Deus, não como a base da fé em si. Sua apologética cristã é profundamente racional. Ele buscava integrar razão, imaginação e experiência sob a autoridade da verdade revelada em Cristo e na Palavra do Senhor.
Ler C. S. Lewis com discernimento significa apreciar seus dons únicos como comunicador e apologista, aprender com seus insights profundos, mas sempre filtrá-los pela Palavra de Deus. Ele é um guia valioso, mas não a autoridade final. O Senhor, o Eterno, é a única fonte infalível de verdade.
Como Aplicar os Insights de C. S. Lewis em Sua Vida
Ler C. S. Lewis não deve ser apenas um exercício intelectual; seu objetivo principal era nos apontar para a realidade de Deus e a beleza de Jesus Cristo, o Salvador. Como podemos pegar os tesouros encontrados em sua obra e aplicá-los em nossa própria vida cristã e jornada de fé e razão?
Comece com “Cristianismo Puro e Simples”: Se você é novo em Lewis, este é o ponto de partida clássico. Leia-o devagar, capítulo por capítulo. Não se apresse. Pense nos argumentos que ele apresenta sobre a moralidade, a natureza de Deus, a pessoa de Cristo. Veja como ele constrói seu caso para o “cristianismo puro”. Este livro é uma base excelente para entender a lógica da fé e a essência do Evangelho.
Explore Sua Ficção para Nutrir a Imaginação: Depois de “Cristianismo Puro e Simples”, mergulhe em “As Crônicas de Nárnia” ou na Trilogia Cósmica (“Para Longe do Planeta Silencioso”, “Perelandra”, “Essa Força Medonha”). Leia-as não apenas como histórias, mas como alegorias que exploram verdades espirituais. Pergunte-se: Como esta história reflete algo sobre Deus, o pecado, a redenção, a tentação, a soberania do Senhor? Deixe que essas histórias expandam sua visão do universo de Deus.
Reflita sobre o Desejo Inato: Preste atenção aos momentos em sua vida em que você sente aquele anseio ou pontada de alegria que nada neste mundo parece satisfazer completamente. Leia “O Peso da Glória” ou “Surpreendido pela Alegria”. Lewis argumenta que esse desejo é uma pista para a nossa verdadeira pátria, que é em Deus. Use esses momentos para direcionar seu coração e sua mente para o Eterno, buscando sua alegria em Deus como a única satisfação plena.
Use Sua Apologética para Fortalecer Sua Fé e Compartilhá-la: Leia “O Problema do Sofrimento”, “Milagres” ou “A Abolição do Homem”. Não tenha medo de confrontar as objeções à fé. Use os argumentos de Lewis para fortalecer sua própria convicção na razoabilidade do cristianismo. Mais importante, use sua abordagem – clara, respeitosa e focada na pessoa de Cristo, a Verdade – para compartilhar sua própria esperança com mansidão e respeito, como nos ensina 1 Pedro 3:15.
Aplique o Conceito de Orgulho e Humildade: Lewis via o orgulho como um obstáculo maciço para a fé e a santidade. Examine seu próprio coração. Onde o orgulho (autoconfiança exagerada, desejo de ser superior, relutância em admitir erros) pode estar impedindo seu relacionamento com Deus, o Todo-Poderoso, e com os outros? Busque a humildade que Lewis descreveu como a porta para a realidade e para a dependência do Salvador.
Ore e Peça a Deus Discernimento: Ao ler Lewis (ou qualquer outro autor), ore para que o Espírito Santo ilumine sua mente e seu coração. Peça a Deus, o Criador, para ajudá-lo a discernir o que é verdadeiro e útil para seu crescimento na vida cristã. Lembre-se de que a Palavra do Senhor é a lâmpada para seus pés e a luz para seu caminho (Salmo 119:105). Use Lewis como um auxílio, não como um substituto para a Escritura ou para sua comunhão pessoal com Cristo.
Aplicar os insights de Lewis é um processo contínuo. É permitir que sua mente seja esticada, sua imaginação seja cativada e seu coração seja direcionado para a fonte de toda a verdade e alegria – o Senhor Jesus Cristo. Que a leitura de Lewis o leve a amar mais a Deus, o Todo-Poderoso, e a viver sua fé com mais convicção e alegria.
Perguntas Frequentes (FAQ) sobre C. S. Lewis
P: Qual é o melhor livro de C. S. Lewis para um iniciante?
R: “Cristianismo Puro e Simples” é amplamente recomendado como o ponto de partida ideal para entender o pensamento de Lewis sobre a fé e a razão. Para ficção, “O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa” (o primeiro volume de Nárnia em ordem de publicação) é um ótimo começo.
P: C. S. Lewis era um teólogo Reformado?
R: Não, Lewis era anglicano e se considerava um cristão “puro e simples”, focando nas doutrinas centrais compartilhadas pela maioria das tradições cristãs históricas. Embora houvesse pontos de concordância, sua teologia diferia em alguns aspectos da teologia Reformada (por exemplo, em sua visão sobre o livre-arbítrio ou a expiação).
P: As Crônicas de Nárnia são apenas alegorias?
R: Lewis preferia o termo “suposição” a “alegoria”. Ele se perguntou: “Como seria se Jesus viesse a um mundo como Nárnia?” As histórias contêm fortes paralelos e simbolismos cristãos, mas também funcionam como contos de fadas por si só. Elas nutrem a imaginação e ajudam a tornar as verdades espirituais mais vivas.
P: Lewis abordou a questão da dor e do sofrimento?
R: Sim, ele escreveu “O Problema do Sofrimento”, onde explora teologicamente a questão. Após a morte de sua esposa, ele escreveu “A Anatomia da Tristeza”, um relato profundamente pessoal e honesto sobre o luto e a fé em meio à dor, sempre apontando para a soberania e o consolo do Senhor.
Conclusão
A vida e a obra de C. S. Lewis são um presente duradouro para a igreja e para o mundo. Ele nos mostrou que a fé e razão não são inimigas, mas aliadas na busca pela Verdade. Ele nos ajudou a ver o cristianismo puro e simples como a resposta mais coerente e bela para as perguntas mais profundas da existência. Ele nos convidou a usar nossa imaginação para apreender as realidades espirituais e a buscar a verdadeira alegria em Deus acima de todas as coisas.
Lewis, o ex-ateu que se tornou um campeão da fé, nos lembra que a jornada em direção a Deus, o Criador, muitas vezes envolve luta intelectual e emocional. Mas ele também testifica que o Senhor, o Todo-Poderoso, é fiel para se revelar àqueles que o buscam sinceramente. Que a leitura de Lewis o inspire a pensar mais profundamente sobre sua fé, a defendê-la com mais confiança (e mansidão!) e, acima de tudo, a amar e confiar mais plenamente em Jesus Cristo, o Salvador, em quem estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento.
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